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Se quiser aprender mais, leia o texto clicando em "Mais informações" logo abaixo.
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Como se faz um bom charuto
Quando
os fardos de folhas de tabaco são recebidos
na fábrica, passam por um rigoroso controle de qualidade (que inclui o expurgo
para prevenção de pragas), e são separadas por tipo de folhas (capa, capote e
miolo) e tamanho.
As
capas são enviadas diretamente para a mesa das charuteiras,
enquanto o capote e o miolo são umedecidos e submetidos ao destalo
(remoção do talo central da folha). O miolo sofre ainda uma desumidificação e,
depois, junto ao capote, é novamente umedecido e encaminhado à mesa dos capoteiros.
O
capoteiro é responsável pela mistura de tabacos que resultará no blend
dos charutos. A partir de instruções sobre formatos e composição dadas pelo mestre-charuteiro,
ele recebe fumo de diversas variedades e partes da planta e prepara a bucha,
buscando uma construção perfeita, com consistência e uniformidade, que
determinará a qualidade da queima e sabor do charuto. A
seguir, as buchas são dispostas em fôrmas plásticas coroadas (garantindo o
formato arredondado na parte superior do charuto), que, colocadas umas sobre as
outras, são levadas à prensa, onde os charutos são compactados, para um
melhor acabamento final de sua construção.
Após
a prensagem, as fôrmas são abertas e cada
bucha é submetida, individualmente, ao drawmaster –
equipamento usado para testar se o fluxo está perfeito e uniforme. As buchas
que apresentam um fluxo fora do padrão (muito solto ou apertado) são
descartadas. As aprovadas seguem para a mesa da charuteira, onde os
charutos são finalizados de acordo com técnicas tradicionais.
Primeiro,
a charuteira retira o talo central da folha que será usada como capa
e a estica sobre uma tábua de madeira levemente umedecida. Então, ela desliza
um rolo de aço maciço por toda a superfície da capa “ajustando” os veios
laterais da folha, para um melhor acabamento visual do charuto. Depois, corta e
seleciona a parte mais nobre da folha e enrola delicadamente a bucha,
finalizando o arremate na coroa do charuto que então será guilhotinado (na
parte inferior) no tamanho correto e separado em maços.
Ao final de cada dia de trabalho, todos os charutos manufaturados são inspecionados um a um, verificando comprimento, bitola, peso, acabamento e possíveis falhas de montagem, e levados a uma câmera de refrigeração, com temperatura inferior a 20oC negativos, para eliminar pragas residuais do charuto. Seguem depois para uma sala climatizada a 30/40 oC para retirar a umidade resultante do processo de congelamento e eventuais resíduos de amônia comuns ao processo de manufatura.
Assim
um bom charuto está pronto para consumo!
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