segunda-feira, 29 de julho de 2013

Apreciar um bom charuto!


Nunca fui fumante. Sou apreciador de charuto com razoável habitualidade. E admiro por demais esta instituição. 
Comecei, em mero acaso, com cachimbo. Passou a ser companheiro de rodas de violão, bate-papo com amigos ou mesmo momentos de leitura, estudo e prospecções pessoais. Em outro simples acaso, se é que existe, fui apresentado ao charuto. Bem me lembro, era um Montecristo assemelhado a um tipo corona. Foi um momento muito especial. Quase um amor à primeira vista. Não posso precisar se em razão das companhias de então, do local em que estava, do meu estado de espírito naquele momento, do próprio charuto, ou se de um algo mais. Melhor concluir que todos os fatores contribuíram!

Mas o fato é que passei a conviver com este símbolo desde então, e me tornei apreciador. Daí a estudar a origem, esta cultura secular, os países de produção tradicional, os plantios, colheitas, safras, folhas, cultivo; a brilhante produção nacional, os melhores “blends” e safras, consequência natural. Hoje, depois de alguns anos cultivando este hábito, tenho o charuto não só como um integrante de confrarias, de reunião com amigos e família, de gostosas noites de cantoria e violão; companheiro de boas caminhadas, de desapressadas reflexões, de longas leituras e de efêmeros momentos de produtiva solidão; mas como um amigo de toda hora, que, por certo, é um propulsor de criações e fator de acentuação de criatividade.

Quais charutos eu recomendo? Não dá para enumerar. Mencionar cubanos, dominicanos, jamaicanos, hondurenhos e os “blends” americanos, seria estéril. Mas é notório que a produção nacional já protagoniza o cenário mundial com muito orgulho.
O que realmente importa é o respeito por esta instituição secular e a simbiose que deve haver, em seu momento, com o seu charuto. Este será o melhor charuto e, o melhor momento!

Carlos Augusto da Motta Leal
Advogado, apreciador de charutos e cliente da XYZ